Prefiro
nem citar os nomes, pois minha reflexão nada tem a ver com a vida íntima de
celebridades. Com certeza quem acompanha os noticiários sabe a quem me refiro. O
importante aqui é o que esses eventos revelam. Fama, sucesso, dinheiro, beleza
física, influência, poder, nada disso torna alguém feliz.
Parece
óbvio o que digo. Mas é mais complexo do que parece. Qual a diferença entre a
alegria fugaz e a felicidade? Quem nunca passou pela experiência de estar
triste, perdida, confusa, enfim, com as emoções em rota de colisão? E tentou
compensar comprando compulsivamente, comendo demais, bebendo em excesso ou
trilhando outros caminhos aparentemente prazerosos?
No
primeiro instante, há uma sensação de preenchimento, de alcançar a alegria
desejada. Pouco depois, o vazio existencial retorna com força total. Porque é
impossível encontrar nessas veredas a verdadeira felicidade, a plenitude, a “água
viva” que Jesus promete à samaritana.
Então,
onde buscar essa felicidade? Será necessário percorrer uma longa jornada por um
deserto sem fim? Acredito que não. Embora desde o surgimento da Humanidade o
Homem percorra essa jornada, muitas vezes sem nem saber o que busca.
O
problema é a insistência em mergulhar nas fantasias, ilusões, e aí permanecer. Muitas
vezes as pessoas agem como vampiros, sugando até a última gota da vida sem se importar
com os outros, nem com os próprios descendentes. Daí o caos climático que se
espalha pelo Planeta. E todos permanecem infelizes.
O
resultado é uma epidemia de transtornos emocionais. Jamais foram tão intensos,
nem tão diversificados. Mas seja qual for o diagnóstico, o principal caminho da
cura seria a aceitação, o acolhimento, a compreensão, a inclusão, o amor.
Porém, geralmente o que se encontra é preconceito, incompreensão, exclusão, rótulos
que ferem e agravam o quadro.
Esses distúrbios não escolhem idade, gênero,
classe social, raça, religião. Algumas delas não suportam a dor, fecham-se cada
vez mais e, no auge do sofrimento, optam pelo suicídio. Outras caminham de
forma inconsciente para o mesmo fim, sem se darem conta do que fazem.
Há
outro tipo de suicídio, do qual ninguém fala. O coletivo. Essa jornada
desenfreada pela busca do prazer, do desfrute dos bens materiais, custe o que
custar. A natureza cobra um preço alto por esse apego extremo à matéria. Claro.
A Humanidade vem despertando, mas há uma elite predadora que não se rende.
A
questão é: ainda há tempo para salvar o Planeta? Eu acredito que somos seres
imortais, eternos. Podemos sobreviver em outro mundo, seja físico ou
espiritual. Mas nada justifica a destruição da Terra. Nem do corpo, veículo
sagrado que conduz o espírito rumo à inescapável evolução.
Todavia,
todo suicídio é um pedido de socorro. E um alerta. O Homem precisa se libertar,
aprender a procurar a felicidade em si mesmo, nas pequenas coisas. A vida oferece
infinitas possibilidades. É sempre tempo de mudar, florescer, buscar o que se
ama, cultivar laços afetivos, sem a pressão da produtividade, do alto
desempenho.
O
autoconhecimento, a conexão interior e com o Sagrado, a autoestima elevada, o
trabalho como paixão, fruto do estabelecimento e do cumprimento de metas
saudáveis, vão trazer naturalmente o sucesso e a prosperidade.
Seja
você mesmo, celebre as diferenças, aceite o outro como ele é, estenda a mão e o
coração para quem precisa de ajuda. Assim, sempre será tempo de acolhimento.