quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Consciência Cósmica

Há poucas semanas tive um sonho impressionante. Até hoje me recordo dos detalhes. No auge da noite, eu e um grupo de pessoas desconhecidas contemplávamos o céu, repleto de estrelas.

De repente, o céu se aproximou cada vez mais de nós e foi possível ver os astros com uma nitidez admirável. Então, percebi que os corpos celestes giravam em torno um do outro, numa escala crescente e infinita. Sóis em volta de outros sóis, galáxias em torno de galáxias e daí por diante. O Universo se expandia e tornava-se impossível acompanhar sua extensão.


    Porém, uma certeza prevalecia em meu sonho. Tudo e todos estavam conectados. O Cosmos revelava que nossa vida também se unia a esse concerto celestial, gerando uma sinfonia ainda repleta de mistérios, apesar dos avanços da Ciência.


    Sim, a própria Ciência, sempre tão cética e materialista, avança na comprovação da existência de múltiplas dimensões, de dobras no tempo e no espaço, de multiversos. E na compreensão da energia gravitacional, da ação dos buracos negros, entre tantos outros segredos que o Cosmos ainda guarda.


    A Humanidade ainda engatinha na jornada de desbravamento da esfera cósmica. Por outro lado, muitos cientistas também seguem validando as experiências de quase morte. No artigo “Near death experiences: a multidisciplinary hypothesis”, os autores incluem nesses eventos subjetivos uma vasta gama de vivências ligadas à “morte iminente”. As mais comuns são: “experiência fora do corpo (separação da consciência do corpo físico), passagem através de um túnel com luzes brilhantes, (...) ver parentes falecidos, reunir-se com espíritos guardiões ou seres místicos. ”




    





Episódios como esses ocorrem em cada canto do Planeta, seja qual for a cultura ou a faixa etária dos envolvidos. No caso desse artigo científico, os pesquisadores esboçam uma interpretação neurobiológica. Mas são vários os campos do conhecimento que exploram esses frequentes acontecimentos.


    Portanto, não se trata mais de crenças religiosas ou de especulações místicas, embora essas questões estejam estreitamente ligadas a nossa espiritualidade. Ciência e Religião andaram por caminhos divergentes durante séculos, mas no mundo contemporâneo essas duas esferas voltam a se aproximar e estabelecem diálogos frutíferos.


    Mesmo assim, há um longo caminho a percorrer, como indica meu sonho. É uma travessia gradual, porém constante. Estamos mergulhados em um mar de energias e muitas delas permanecem desconhecidas da Ciência terrestre, embora presentes em doutrinas espiritualistas ancestrais, hoje remodeladas.


    No meu livro, Elo Imortal, Vítor e Sirena se deparam com esse universo desconhecido e desafiador. Eles sentem a presença dessas energias, mas não conseguem explicá-las. Na obra que estou produzindo, os protagonistas também se confrontam com realidades interdimensionais e questões espirituais que, a princípio, não compreendem. Uma série de dúvidas e questionamentos invadem suas mentes, assim como as nossas, incentivando-nos a seguir na busca de maiores e mais amplos conhecimentos.


    Com certeza um passo gigantesco aguarda a Humanidade, bem superior ao que o Homem empreendeu ao pisar na Lua. Afinal, uma dimensão cósmica nos espera. “Ao infinito e além”, como prenuncia o boneco astronauta de Toy Story.


Fontes:

Sevilha, Diana. Experiência de quase morte: explicação neurobiológica – resenha do artigo “Near death experiences: a multidisciplinary hypothesis”, in https://www.youtube.com/watch?v=_zyuqf6MUVA


István Bókkon,, Birendra N. Mallick, and Jack A. Tuszynski. Frontiers in Human Neuroscience, 2013; 7:533, in  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3769617/#!po=2.38095

 

 

 

 


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