segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O Poente, o Poético e o Perdido



A poesia de Ana toca nossa alma; na mesma hora, nasce uma conexão com suas palavras, pois traduzem nossas emoções de uma forma límpida e incisiva. Como no poema Resgate. Quem nunca lutou para se libertar do passado e ancorar no presente?




 É a poesia de uma mulher que se desdobra em mil: mãe, esposa, terapeuta, artista e tantas outras. De uma alma feminina em um esforço ímpar de descobertas e auto valorização. Um movimento que fica bem claro em versos como os de Trezentos Camelos e Cantata.

Sua poética tem a fluência e a malemolência de quem, além da poesia, também se dedica à música. A poeta e a compositora se aliam na tessitura do ritmo e da melodia. Esse encontro das várias Anas transparece em poemas como Porcelana Chinesa - a amante da cultura oriental, a pintora, a cantora, a mulher de longa trajetória existencial.

Aliás, a passagem da autora pelo Japão está impressa em sua poesia e ganha um espaço particular nas poesias Símbolo e Japão, assim como nos poemas escritos entre 1994 e 1995, alinhados, neste livro, no segmento intitulado Oriental. Nessa etapa, a autora, mais que nunca, parece buscar sua própria identidade, num processo de desconstrução e renovação. Essa experiência está latente na série de poemas Nihon.

Ana também reserva momentos especiais para retratar seu mecanismo de criação, em poemas como Na madonna e Imutável. E há, claro, flashes de seu universo familiar, projetados de forma explícita nas poesias Minha Avó e Fotografia.

A autora segue se desdobrando em poemas púberes, versando sobre filosofia e fantasia. E atinge o ápice da poesia imagética no poema que dá título ao livro, O Poente, o Poético, o Perdido. Para Ana é tão natural poetizar, que me pergunto se ela já não nasceu entoando versos e canções.

A edição bem diagramada, a capa e as ilustrações, que traduzem com perfeição os poemas de Ana, foram produzidas pelo designer Yuri Rodrigues de Oliveira. Vale a pena mergulhar nesse oceano de energia poética.



Ana Cláudia Marques é paulistana e se expressa através da poesia desde os nove anos. Além disso, também retrata sua visão de mundo em seus desenhos, pinturas, canções e nas partituras de um piano. É esposa, mãe, espiritualista, terapeuta, blogueira, amiga fiel. Várias mulheres em uma.


Editora: Biblioteca 24 Horas

Autora: Ana Cláudia Marques

Origem: Nacional

Edição: 1ª

142 Páginas

Preço: R$ 36,52

Capa: Brochura

Formato: Médio



















segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A Biologia da Crença


Entre minhas leituras mais recentes, destaca-se um livro científico. Não se assustem! Ele não é como os outros do gênero. A começar pelo título, A Biologia da Crença. Ás vezes até esquecia que tinha em mãos um livro acadêmico. Parecia mergulhar em uma obra literária; ria, me divertia, desejava saber o que ia acontecer com o protagonista, o próprio autor.





Queria mesmo saber qual seria sua próxima descoberta, seus passos posteriores, que consequências as novas revelações teriam em sua vida. E, ao mesmo tempo, refletia sobre suas ideias e concepções, aplicando-as em minhas experiências pessoais.

A vida de Bruce Lipton começou a mudar em 1985, quando ele deixou uma posição de prestígio na Escola de Medicina, na Universidade de Wisconsin, e começou a lecionar em uma faculdade de Medicina no Caribe. Nesta época, sua vida pessoal estava um caos. Ele se sentia incompleto e insatisfeito. Na ilha caribenha, ante o Oceano infinitamente azul, distante das convenções acadêmicas, ele pode trilhar novas veredas.

Então, ao estudar a membrana das células, o autor teve uma súbita revelação. O cérebro delas não estava centrado no DNA, e sim na membrana. Bruce descobre, enfim, a sede da inteligência, e conclui que até mesmo uma bactéria, ou seja, um organismo unicelular, o mais simples de todos, apresenta um comportamento inteligente. Ela tem até um sistema “neurológico” rudimentar. Sabe onde estão seus alimentos e vai até eles, luta para sobreviver. E nelas só resta a membrana como fonte de inteligência.

Por meio de pesquisas profundas sobre o impacto do ambiente na membrana e sua interação com o entorno, o autor descobre a presença do princípio inteligente na esfera celular. Cada célula é um micro-universo no interior de nossos corpos, a exercitar sua própria inteligência.

As células extraem seus nutrientes do ambiente celular, mais propriamente do citoplasma, rico em energia molecular. É através das membranas que o alimento chega até elas. Da mesma forma, elas enviam e recebem informações e sinais de alerta. E até mesmo determinam como as células vão se comportar.

Nos organismos pluricelulares as células formam comunidades e passam a compartilhar sua “consciência”, formando uma rede de informação e comunicação. Elas enviam, então, moléculas “sinalizadoras ao ambiente.” Com a evolução do sistema límbico, esses sinais químicos convertem-se em sensações percebidas por todas as células do grupo. Nesse momento, a mente consciente interpreta esses estímulos como emoções.

Em momentos de estresse, por exemplo, as células emitem sinais que respondem ao contexto emergencial do corpo, liberando adrenalina. Neste ínterim, o organismo deixa de receber os estímulos que determinam seu crescimento e é bombardeado pelos hormônios do stress, o cortisol, responsável por sua proteção. Este é um mecanismo de preservação da vida.

Porém, se o desgaste emocional persiste por longo tempo, as energias que seriam investidas no crescimento do sistema orgânico são, portanto, destinadas à luta contra o estresse e deixam de atuar no combate às doenças. Assim, nosso corpo para de se desenvolver e ainda corre o risco de entrar em falência total, já que o próprio complexo imunológico está envolvido na guerra contra o stress, enfraquecendo, assim, a defesa contra os invasores do organismo.

O autor discorre de forma agradável e divertida sobre conceitos muitas vezes complexos e árduos, como o universo celular, os conceitos de polaridade e não-polaridade, a física quântica, os mecanismos de proteção e crescimento, o controle do corpo pela mente, a crença e o medo, sob o ponto de vista químico e biológico, placebos e nocebos.

Ele também caminha pelos meandros da ética e da engenharia genética, em uma concepção revolucionária, ao mergulhar em uma discussão delicada, porém necessária, a da paternidade consciente.

Entrelaçando estudos biológicos e da física quântica, Bruce encontra, enfim, nossa essência espiritual. Assim, consegue aliar Ciência e Espiritualidade e, a partir daí, conclui que os seres vivos são imortais. O cientista agnóstico e cético converte-se, então, por meio da Ciência, em espiritualista convicto.

É fascinante acompanhar a jornada desse biólogo genial. Paralelamente, o leitor tem a oportunidade de seguir tanto seu progresso acadêmico, quanto sua evolução pessoal e espiritual. É uma caminhada repleta de erros e acertos, hesitações e decisões, inseguranças e escolhas. Como a de cada um de nós.



Biólogo celular por formação, Bruce H. Lipton foi professor na célebre Escola de Medicina da Universidade de Wisconsin e também atuou como pesquisador na Universidade de Stanford. Suas pesquisas inovadoras sobre a membrana celular precederam a criação de uma nova esfera científica, a Epigenética, da qual ele se tornou um dos fundadores. As palestras do autor cativam o público, graças a sua empolgação e a simplicidade como expressa seus conhecimentos. 


Editora: Butterfly

Autor: Bruce H. Lipton

Origem: Nacional

Edição: 1ª

255 Páginas

Preço: R$ 36,90

Capa: Brochura

Formato: Médio



quarta-feira, 27 de maio de 2015

Imortal Como os Fados

No momento em que soube do acidente com James McSill, meu mestre e amigo, me veio uma estranha sensação. Foi como se um imortal, de repente, se tornasse mortal. Todavia, logo depois percebi minha confusão; suas lições é que sempre serão eternas em minhas histórias. Não só nas que produzi sob sua consultoria, mas em cada palavra que ainda tecerei em minha jornada. 



         Quando conheci o James, tinha acabado de concluir um Mestrado na USP, na área de teoria literária e literatura comparada. Imaginem o choque inicial quando ouvi as teses do famoso coaching literário. Fiquei quase em choque! Então, hoje, Guimarães Rosa e Clarice Lispector não se tornariam best-sellers? Detalhe: minha dissertação foi justamente sobre Guimarães Rosa.  Precisei de um tempo para digerir essa realidade. Não foi fácil, e ainda não é, deixar de lado ideias tão cristalizadas, os preconceitos que nos contagiam na Academia.

Até então, eu escrevia apenas poesia, achava que jamais seria capaz de escrever um conto e ficção era um sonho quase inatingível. Minha mente era praticamente uma fábrica de ideias, mas eu era muito indisciplinada; começava a criar uma história, depois abandonava e partia para outra. Enfim, após uma nova experiência com James, desta vez em Canela, num workshop para produção de livros infantis, decidi. Era hora de me arriscar nessa aventura incerta.

Foi arrepiante desde o início. Não sabia nem como ia pagar a consultoria. Mas, quando me dei conta, eu já estava concluindo meu livro, após uma longa jornada repleta de obstáculos, dilemas, reflexões, decisões, jump cuts, cliffhangers. Desta vez, porém, meus objetivos eram claros e firmes, assim, o desfecho foi feliz. Minha história está aí, pronta para ir ao encontro do leitor.

Além disso, há um mês lancei meu primeiro livro de contos, A Garota da Luz Dourada, pela editora Scenarium Plural, inspirada pelas técnicas que o mestre me ensinou. O aprendizado que conquistei certamente me guiará ao longo de minha carreira literária. Basta aprimorá-lo cada vez mais.




Nesse fim-de-semana, estive no V Congresso Luso-Brasileiro de Autores e Amigos de James McSill. Senti a presença dele ali, mais que nunca, no discurso de cada palestrante, nas canções da Ingrid, da Ana Cláudia, do Leandro, nas homenagens, nas páginas dos livros à venda nos estandes, na dedicação dos organizadores. Mas, então, me perguntei: por que chorar por ele? Ou se entristecer? Afinal, seu legado é mais forte que a morte. James, com certeza, iria preferir o som cristalino dos risos, histórias divertidas, a ironia fina e anedotas criativas. E, claro, ser imortal como os fados e os acordes de Imagine. 


 



Compartilho um pouco do que aprendi com James no site Contos Cabulosos



Fotos do Congresso: 

Equipe Book in a Box


Eu e Ken Shaw

Portugal em peso

Lançamento da Revista Pense Mais



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Princesa Adormecida

Que delícia ler cada página desse livro! É uma história leve, despretensiosa e que, ao mesmo tempo, realça os valores familiares e reafirma a fé no verdadeiro amor. A linguagem é moderna e arrebatadora, conquistando o leitor desde as primeiras páginas. Além disso, a autora apimenta a trama ao aliar uma narrativa ancestral, A Bela Adormecida, ao universo tecnológico do mundo contemporâneo. Dessa forma, ela encena um conto de fadas tradicional nos tempos atuais. 



Áurea Roseanna Bellora é filha de uma chef de cuisine brasileira e de um descendente da família real de Liechtenstein. Mas sobre os pais ela tem apenas vagas lembranças, e nenhuma memória de sua origem nobre, já que conviveu com eles apenas até os cinco anos de idade.

 Na verdade, ela desconhece o próprio nome; acredita ser Anna Rosa Lopes e na história contada por seus tios. Segundo eles, os pais dela morreram em um acidente de carro e ela nunca deveria revelar o trágico sequestro que marcou sua infância e determinou a brusca separação de sua família, para sua própria proteção.

Nesta época, uma antiga paixão do pai de Áurea, Marie Malleville, enfurecida por ser preterida pelo homem que amava, decidiu raptar a protagonista no dia do próprio batizado, com a intenção de matá-la. Seus planos foram frustrados pela presença de Filipe, então um garotinho de 4 anos, filho de um diplomata brasileiro, que testemunhou o crime.

Graças a ele, a bebê de nove meses é logo resgatada, mas a criminosa não permanece muito tempo na prisão. Ela foge e logo após ser libertada passa a ameaçar Áurea e sua família. Para salvar a vida da filha, Doroteia e Stefan a enviam para o Brasil, mas a história sai do controle e eles são obrigados a simular a morte da filha. Enquanto isso, só resta aos irmãos de Doroteia fazer a sobrinha acreditar que os pais estão mortos.

O tio Florindo é proprietário de um salão de beleza; Fausto é músico e Petrônio um dedicado professor, que prima pela educação da sobrinha até os 11 anos, quando ele e os irmãos decidem que chegou a hora da garota ir para uma escola de verdade.  A partir de então, ela se transforma em Rosa e passa a crer que os eventos de sua infância não passaram de mera ilusão.

Ao completar 16 anos, ela passa a se rebelar contra o controle excessivo de seus tios, que a proíbem de namorar e até de sair com as amigas. É nesse momento que Rosa começa a receber misteriosas mensagens em seu celular, de um pretenso admirador anônimo. Mas, quando a protagonista enfim descobre o amor, passado e presente começam a convergir e antigas maldições podem mais uma vez ameaçar sua vida.

A história alterna estruturas narrativas convencionais, convites de casamento, notícias de jornais e mensagens de celular, garantindo à trama um formato inovador e atraente. Assim, Paula Pimenta justifica novamente o porquê de sua popularidade junto ao público adolescente.



A autora é mineira, nascida em Belo Horizonte. Ela iniciou sua carreira literária em 2001, com a publicação de Confissão, um livro de poemas. Tornou-se célebre ao criar as séries Fazendo Meu Filme e Minha Vida Fora de Série. Paula também lançou um volume de crônicas, Apaixonada por Palavras, e teve uma participação na antologia O Livro das Princesas.


Autora: Paula Pimenta

Origem: Nacional

Edição: 1ª

189 Páginas

Preço: R$ 13,70

Capa: Brochura

Formato: Médio




sábado, 31 de janeiro de 2015

O Reino das Vozes que não se Calam

As vozes de Carolina e Sophia encontraram um caminho original e encantador para enfocar a questão do bullying.  Muitos autores têm abordado essa questão, sempre tão delicada e muitas vezes trágica, porém raros conseguiram fugir dos clichês.



Aqui, mais uma vez a prática do preconceito é encenada no ambiente escolar, mas a partir deste cenário as autoras criam uma história inusitada, ao mesmo tempo real e imaginária, leve e perturbadora. Sophie, a protagonista, não se enquadra no perfil das garotas normalmente discriminadas; ela não está acima do peso nem apresenta um corpo disforme, mas é excluída pelos colegas, apesar de ser a melhor amiga de Anna, a garota mais popular do colégio.

O problema de Sophie é sua magreza extrema, que muitos, inclusive ela mesma, consideram excessiva. Além disso, seus cabelos ruivos a incomodam, talvez por atraírem a atenção de todos. A própria protagonista, apesar de se achar a excluída mais incluída da história dos rejeitados, vive se julgando, chegando, muitas vezes, a construir uma barreira em torno de si.

E o mais estranho e maluco é que o preconceito se estende até mesmo aos pais dos alunos e à diretora da escola, que atormentam a garota e seus pais por conta da aparência dela. Eles acreditam que ela é anoréxica e que, assim, seria um péssimo exemplo para os colegas.

No início, Sophie se apoiava nos pais, Laura e George. Ela invejava o corpo da mãe, admirada por todos, presidente do Clube das Mães, e se identificava mais com o pai, sempre solidário a sua dor. O único orgulho dela era sua voz; a garota cantava como ninguém, encantando quem a ouvia; porém, seu público era restrito: apenas os pais e Dior, seu cachorro. Não, Sophie não se interessava por moda. Seu animal de estimação foi batizado por sua amiga Anna, que também era seu ponto de apoio.

As duas eram companheiras fiéis desde a pré-escola, embora fossem seres de natureza oposta, não só fisicamente, mas em todos os sentidos. Como Anna era o centro das atenções e aparentemente tinha uma personalidade forte, obrigava seu grupo de amigos a tolerar Sophie, que se sentia péssima entre eles. Ela preferia se isolar, principalmente na biblioteca.

Tudo se agrava quando, ao aceitar um convite de Anna para ir a uma festa do colégio, Sophie é humilhada diante de todos. A partir daí, a amizade entre elas se rompe e a garota, cansada de ser rejeitada, mergulha em um reino mágico, onde é amada por todos os seus habitantes, os Tirus, que a consideram sua princesa, sucessora do trono, até então ocupado por uma avó desconhecida. A partir desse momento, quando seu relacionamento com os pais também se deteriora, Sophie fica dividida entre permanecer na Terra ou assumir de vez sua condição mágica, ao lado dos seres que a amam incondicionalmente.

Mas nada é tão simples. Nesse universo surreal a pressão também se torna insuportável, pois ela é obrigada a vencer três etapas de uma jornada mítica, representada pelas cartas de um tarô: os Amantes, o Louco e a Morte, se desejar viver eternamente no Reino das Vozes que não se Calam.  

Nesse meio tempo, Sophie conhece Léo, o único jovem que não teme se aproximar dela e que lhe desperta sentimentos antes ignorados. Apesar de ter o mesmo visual dela e gostos semelhantes, ele é imediatamente aceito pelos colegas, que tentam transformá-lo no garoto mais popular do colégio. Léo, porém, prefere a companhia de Sophie e de Mônica, outra excluída no meio estudantil.

No auge da pressão, que caminhos a protagonista escolherá? Mergulhará ainda mais fundo em suas emoções intensas e destrutivas? Será capaz de perdoar Anna? Dará uma oportunidade a Léo e à amizade de Mônica? Assumirá sua missão junto aos Tirus? Compreenderá seu papel no mundo? Sua vida se transformará em um conto de fadas ou em uma história de terror?

Essa trama, repleta de referências musicais e literárias, mobiliza nossas emoções mais profundas e nos conduz a momentos de profunda identificação. Quem nunca se sentiu como Sophie em alguma passagem da vida? Quem nunca se perdeu nas veredas da intolerância e das diferenças?  Quem nunca julgou e humilhou ou se sentiu julgada e humilhada?

Esta é uma história imperdível, apesar de algumas imperfeições narrativas. Afinal, duas vozes aqui se uniram justamente para compor uma sinfonia sobre diferenças e ausência de perfeição. Vale a pena mergulhar nesses dois reinos que, no fim, são apenas estágios diversos de uma mesma jornada de amadurecimento.


Carolina Munhóz é jornalista e já publicou três livros, todos protagonizados por fadas. Nessa obra, ela dá uma guinada em sua carreira literária. A autora conquistou o Prêmio Jovem Brasileiro de 2011, como melhor escritora.

Sophia Abrahão é atriz, modelo e cantora. Já atuou em várias novelas nas TVs nacionais e no filme Confissões de Adolescente. Entre diversos prêmios, angariou o Capricho Awards como melhor atriz brasileira e melhor blog. Com esse livro ela estreia no universo da literatura. 


Autoras: Carolina Munhóz & Sophia Abrahão

Origem: Nacional

Edição: 1ª

288 Páginas

Preço: R$ 29,50

Capa: Brochura

Formato: Médio