quinta-feira, 16 de junho de 2011

"Lua Nova" (Stephenie Meyer)

Oi Pessoal! Finalmente estou dando partida nas resenhas sobre os vampiros. Bom, contrariando todas as expectativas,  não vou começar de Crepúsculo, isso porque tomei contato com esta série através do primeiro filme, e achei tão irresistível que decidi partir logo para a leitura do Lua Nova.
Com tantos livros para ler, Crepúsculo ainda aguarda na pilha. Mas prometo em breve postar a resenha desta leitura aqui no blog. E, se não se importam ... rs rs rs ... Vou começar pelo Lua Nova.



Algumas tramas apenas sugeridas em Crepúsculo despertam com força total em Lua Nova, a eletrizante sequência da saga de Stephenie Meyer, especialmente o tão esperado triângulo amoroso protagonizado por Bella, Jacob e Edward. Outra personagem, que apenas promete seu retorno no primeiro livro, ressurge aqui de forma arrebatadora, deixando atrás de si um rastro de sangue, a vampira Victória.

O tempo começou a passar muito mais rápido do que antes. Escola, trabalho e Jacob (...) criaram um padrão simples e tranquilo a seguir. (...)
Jacob libertou um braço para colocar a mão grande e castanha sob meu queixo e me fazer olhar para ele. (...)
Ele colocou a palma em minha bochecha, para que meu rosto ficasse preso entre suas mãos ardentes.
- Bella - sussurrou ele.
Fiquei paralisada.
(...) Eu o fitava. Ele não era o meu Jacob, mas podia ser. Seu rosto era familiar e adorado. De muitas maneiras verdadeiras, eu o amava. Ele era meu conforto, meu porto seguro. Naquele exato momento, eu preferia que ele me pertencesse.
(...) Talvez fosse ótimo. Talvez não fosse uma traição. Além disso, a quem eu estava traindo, aliás? Só a mim mesma.

Ao contrário do esperado na continuação de uma obra que ocupou por muito tempo o primeiro lugar na lista dos mais vendidos nos mais conceituados veículos literários, Lua Nova é ainda mais eletrizante, hipnótico e sedutor, conquistando o leitor desde as primeiras linhas.É praticamente impossível deixar de navegar por suas páginas até que finalmente se alcance, sem fôlego, as últimas palavras, as quais pairam no ar, na mais fiel tradição de Scherazade, a autora das Mil e Uma Noites, conduzindo inevitavelmente o leitor até o terceiro livro da série, Eclipse.
Em Lua Nova a autora remete seus personagens a um passado longínquo, às origens de sua própria história. Os mitos quileutes apenas esboçados anteriormente ganham forma concreta neste livro. Assim, outras criaturas míticas se somam aos vampiros, levando Jacob a uma jornada sem volta aos segredos que envolvem sua família e seus amigos, especialmente o enigmático Sam Uley.
Rapidamente percebi que não era o sonho de sempre. (...) Aquela era a floresta em volta de La Push - perto da praia, eu tinha certeza disso. (...) E então Jacob estava ali. Ele pegou minha mão, puxando-me de volta para a parte mais escura da floresta. (...)
"Jacob, qual é o problema?", perguntei. Seu rosto era o de um menino assustado (...) ele puxava com toda a força, mas eu resistia; não queria ir para o escuro.  (...) Jacob largou minha mão e gritou. Tremendo e se retorcendo, ele caiu no chão a meus pés.
"Jacob!", gritei, mas ele se fora. Em seu lugar havia um imenso lobo castanho-avermelhado, com olhos escuros e inteligentes (...) Os conhecidos olhos castanho-escuros de Jacob Black.

Por outro lado, Edward também realiza uma viagem rumo ao desconhecido, na mesma direção do destino que marca a relação entre amantes que se veem sem saída, no melhor estilo Romeu e Julieta. Esta história clássica, de repente, parece transportar Bella e seu amado à mesma trajetória de desencontros, mal-entendidos, ameaças e morte. E leva a protagonista a mergulhar sua existência em um estado de completo vazio emocional, um árduo caminho que, através da dor, a conduz inevitavelmente à maturidade.
- Não o invejo por causa da garota... (Julieta) Só pela facilidade do suicídio - esclareceu num tom de provocação. - Para vocês, humanos, é tão fácil! Só o que precisam fazer é engolir um vidrinho de extratos de ervas... (...)
Na primavera passada, quando você estava... quase morta... - (...) É claro que eu tentava me concentrar em encontrar você viva, mas parte de minha mente fazia planos alternativos. (...)
- Bem, eu não ia viver sem você. (...) Mas não tinha certeza de como fazer... Eu sabia que Emmet e Jasper não me ajudariam... Então pensei em talvez ir para a Itália e fazer algo para provocar os Volturi.
Neste contexto aparecem na trama novos e fascinantes vampiros, simultaneamente aterrorizantes e sedutores, a medieval família Volturi, guardiã da cidade de Volterra, localizada na Itália. Seus três integrantes – Caius, Aro e Marcus -, antigos companheiros de Carlisle, líder do clã dos Cullen, acrescentam novos e mais picantes ingredientes à já complexa relação de Bella com Edward.
Alice dissera que havia uma boa possibilidade de que morrêssemos ali. Talvez fosse diferente se ela não estivesse na armadilha que era a luz do sol intensa; só eu estava livre para correr por aquela praça cintilante e abarrotada. E eu não conseguia correr com rapidez suficiente. (...) À medida que o relógio começava a soar a hora, vibrando sob a sola de meus pés lentos, eu sabia que era tarde demais para mim (...)
- O que é um Volturi? - perguntei.
- Os Volturi são uma família - explicou ele, os olhos ainda distantes. - Uma família muito antiga e muito poderosa de nossa espécie. São a coisa mais próxima que nosso mundo tem de uma família real, imagino. (...)
- De qualquer modo, não se deve irritar os Volturi (...) A não ser que se queira morrer... Ou o que quer que aconteça conosco.

No segundo livro a protagonista se vê dividida entre dois universos míticos. Seu coração oscila diante de um cruel dilema, escolher entre adversários milenares, amores distintos e intensos, cada um a sua maneira. A amizade e a lealdade são colocadas à prova e Bella tem que optar por um lado. Afinal, como conciliar crenças e interesses tão antagônicos?
Bella, mais que nunca, intensifica seu distanciamento das outras pessoas, particularmente na escola. Como Zoey, a protagonista de Marcada – da série House of Night -, ela tem uma crescente dificuldade de interação com os humanos e se sente constantemente deslocada no seu círculo social. Talvez por isso ambas se sintam tão à vontade junto a criaturas míticas e imortais.
Já fazia semanas, até meses, que Jess deixara de me cumprimentar quando eu passava por ela no corredor. Eu sabia que a havia ofendido com meu comportamento anti-social, e ela estava chateada. Não ia ser fácil falar com ela agora - em especial lhe pedir para me fazer um favor. (...) Eu não ia enfrentar Charlie de novo sem ter alguma interação social para contar.
Stephenie Meyer parece mesmo ter encontrado a fórmula do sucesso, combinando irresistivelmente em Lua Nova as doses certas de romance, fantasia, suspense e o resgate de criaturas míticas com novas vestes, bem mais atraentes e fascinantes. O resultado é um livro de tirar o fôlego, inspirado, segundo a autora, em músicas do circuito alternativo, especialmente em bandas como Muse, Coldplay, Linkin Park, My Chemical Romance, entre outras. E a sequência, Eclipse, promete ainda mais.

Editora: Intrínseca

Autor: Stephenie Meyer

ISBN: 9788598078359

Origem: Nacional

Ano: 2008

Edição: 1

Número de páginas: 480

Acabamento: Brochura

Formato: Médio

Volume:







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