quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"Amanhecer" (Stephenie Meyer)

Oi Galera! Contagem regressiva para a estreia da primeira parte do filme Amanhecer, não é mesmo? Pensando nisso, decidi postar aqui a resenha sobre o último livro da sére Crepúsculo. Só para refrescar um pouco a memória!!!!!!! Como se fosse possível esquecer, não é mesmo?



Ler Amanhecer é como mergulhar em um universo de mitos que nos envolve de tal maneira que, subitamente, ele se transforma na única realidade possível. Nesta sequência final da série Crepúsculo, a trama se torna ainda mais eletrizante, as hesitações se definem, escolhas são realizadas e o leitor finalmente saberá se Bella, a protagonista da saga, optará por continuar humana ou se converterá definitivamente em vampira.

No final de Eclipse - volume anterior -, Bella ainda está dividida entre dois amores distintos, ambos do circuito mítico – o vampiro Edward e o lobisomem Jacob. Ela ainda vacila, também, entre sua condição humana e o seu futuro como vampira, pesando em sua balança interior o que conquistará e o que perderá com suas escolhas.

Pode-se correr de alguém de quem se tenha medo; pode-se tentar lutar com alguém que se odeie. Todas as minhas reações eram preparadas para aqueles tipos de assassinos — os monstros, os inimigos. Mas quando se ama aquele que vai matá-la, não lhe restam alternativas. Como se pode correr, como se pode lutar, quando essa atitude magoaria o amado? Se sua vida é tudo o que você tem para dar ao amado, como não dá-la? Quando ele é alguém que você ama de verdade.

Em Amanhecer uma nova jornada a aguarda, um casamento que a apavora, seu distanciamento da família, especialmente do pai, Charlie, e a imprevisível lua-de-mel, da qual ela não sabe o que realmente esperar. Tudo é mistério e incógnitas diante de si. Por outro lado, Jacob, seu melhor amigo, igualmente aspirante ao seu coração, está desaparecido, transfigurado em forma de lobo, fugindo desesperadamente diante da possibilidade de perder seu grande amor.


Bella se refugia em suas fantasias, imaginando como será seu mundo ao lado de Edward, tentando conceber a si mesma como vampira, buscando a autoconfiança que não a ampara em sua identidade humana. Ela segue adiante e se torna a Senhora Cullen, cheia de expectativas e esperanças, embora sua felicidade ainda esteja incompleta, pois sabe o quanto Jacob está infeliz.

Não importava quantas vezes eu tivesse dirigido pela conhecida estrada para casa, eu ainda não conseguia fazer com que os cartazes desbotados pela chuva desaparecessem ao fundo. Cada um deles, colados nos postes telefônicos e em placas de rua, era como um novo tapa na cara. Um merecido tapa na cara. Minha mente foi levada de volta ao pensamento que interrompi tão rapidamente. Eu não conseguia evitar aquela estrada. Não com as imagens de meu mecânico preferido voando por mim a intervalos regulares.
Meu melhor amigo. Meu Jacob.
Você viu esse garoto? Os cartazes não foram idéia do pai de Jacob. Foram do meu pai, Charlie, que os imprimiu e espalhou por toda a cidade.

A partir desta escolha de Bella, tudo pode acontecer, até mesmo o que o leitor jamais poderia esperar. E quando tudo parece se encaminhar para a resolução dos sentimentos envolvidos neste triângulo amoroso, e as feridas parecem começar a cicatrizar, a trama toma novamente um rumo inesperado, que pode não só mudar o mundo dos vampiros e dos lobisomens, mas até mesmo destruí-los.

Stephenie Meyer inova neste romance ao deixar de lado o ponto de vista único, protagonizado por Bella, e ao criar, a exemplo do que já tentara em Eclipse, uma visão multíplice, ao incluir a voz de Jacob na narrativa. Esta é completamente subvertida ao assumir o ângulo do outro vértice do triângulo, ao revelar a forma como ele vê os outros personagens e o próprio enredo. É possível que o leitor até se esqueça de que, até então, a trama era conduzida pelas lembranças de Bella.

Talvez não houvesse história nenhuma. Talvez Charlie ligasse para perguntar ao meu pai se ele sabia de alguma coisa sobre o Dr. Cullen, que certo dia não apareceu para trabalhar. A casa abandonada. Nenhuma resposta em qualquer dos telefones dos Cullen. O mistério narrado em um noticiário de segunda classe, a suspeita de um golpe...
Talvez a grande casa branca fosse completamente queimada, com todos presos lá dentro.
(...) Conhecia Edward bem o bastante para saber que, se eu matasse alguém do bando dele, teria minha chance com ele também. Ele viria para se vingar. (...) Seríamos só ele e eu. E que o melhor vencesse. (Jacob)

Sob este ponto de vista, é possível perceber que as escolhas de Bella não transformaram definitivamente apenas o universo dos Cullen, mas também, e principalmente, o clã dos lobos. Com o desenrolar dos acontecimentos, o líder deles, Sam, vê sua autoridade, adotada por falta de um alfa legítimo, ser contestada por Jacob, que está naturalmente destinado a ocupar esta posição. Depois deste passo decisivo, nada mais será como antes. O clã está inevitavelmente fissurado.



Neste volume, todos os mistérios e tramas habilmente dispostos ao longo da saga são finalmente decifrados e solucionados. Mas, até chegar a esta conclusão assombrosa, o leitor terá que se munir de nervos de aço, pois a história se desenrola de tal forma, que ele não deve estranhar se não conseguir respirar, a não ser depois que alcançar a margem extrema da narrativa. Ou seja, quando finalmente amanhecer.

Editora Intrínseca, 2009

Autora: Stephenie Meyer

ISBN: 9788598078465

Origem: Nacional

Edição: 1

567 Páginas

Preço: R$ 39,90

Capa: Brochura

Formato: Médio

Volume: 4

Um comentário:

  1. Tem bastante tempo que li Amanhecer (li duas vezes, rs) e não tenho mais vontade de ler novamente, já que não sou tão fã assim da série.
    Mas é legal sua ideia de fazer essas resenhas por causa da estreia do filme (:
    Adorei.
    Beijos

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