quarta-feira, 10 de abril de 2013

"Como Dizer Adeus em Robô" (Natalie Standiford)


Esta história tem tudo para se tornar cult também no Brasil. Ela realmente promete! Eu amei a sinopse; aliás, só se encontra algo sobre o livro em inglês. Mas a editora Record promete lançar ainda este mês a versão brasileira. É torcer e já começar a contar os segundos, como eu. 



Nesta história que já se tornou cult nos Estados Unidos, dois jovens desajustados são intensamente atraídos um pelo outro. Jonah é um adolescente solitário e sarcástico. Bea é uma garota incompreendida pela mãe, uma mulher emocionalmente instável que apelida a própria filha de robô quando ela não consegue expressar sua dor diante da morte de seu bichinho de estimação, um gerbo.

Surpreendendo os colegas, o jovem pálido e reservado, maliciosamente chamado de Garoto Fantasma por seus companheiros, se torna amigo da nova aluna do colégio. E todos ficam mais surpresos ainda quando os dois se envolvem em uma intensa relação platônica.

Imediatamente Bea se dá conta de que tem mais afinidade com Jonah do que com as garotas maliciosas e incomunicáveis que a cercam. Ela passa a confiar cada vez mais no novo amigo, mesmo quando seu passado estranho e trágico vem à tona. Certamente os adolescentes, especialmente os que vivem à margem da vida social, vão se identificar com este conto lunático e sombrio.

Além dos detalhes que permitem a este público a identificação perfeita com os personagens, a autora também tece ao longo da trama várias referências culturais, como os filmes dirigidos por John Waters e o músico ‘outsider’ Daniel Johnston. A narrativa em primeira pessoa, conduzida por Bea, vai cativar o leitor e o enredo imprevisível o manterá engajado até a última linha.

Decididamente Natalie criou nesta obra uma anti-história de amor com todos os contornos de uma narrativa cult e um sabor semelhante ao encontrado em outro livro cultuado pelos jovens leitores, As Vantagens de ser Invisível, de Stephen Chbosky. Pode-se afirmar, sem margem de erro, que ela construiu uma narrativa honesta e complexa que não passa por cima de questões perturbadoras.

Os personagens secundários, especialmente os frequentes programas de entrevistas, são retratados com um peculiar humor dissimulado. Certamente os adolescentes terão uma empatia incomum com as emoções intensas de Beatrice e Jonah, e compreenderão mais que ninguém as razões que os levaram a sentir que foram feitos um para o outro.

Natalie Standiford nasceu na cidade de Baltimore, em Maryland, nos Estados Unidos. Ela trabalhou no departamento de Livros Infanto-Juvenis da editora Random House por três anos, passando de assistente editorial a Editora Assistente. Foi um aprendizado perfeito para alguém que, como ela, já alimentava o sonho de ser escritora.

Logo descobriu que não queria ser editora, e sim autora em tempo integral. Em um período de transição, deixou o emprego efetivo e tornou-se freelancer. Iniciou sua trajetória literária escrevendo e-readers, livros de imagens e obras infanto-juvenis. Atualmente está escrevendo para adolescentes. A autora também toca baixo em uma banda chamada Tiger Beat.

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